segunda-feira, 28 de maio de 2007

[13] The End

Bom, pessoal, hora das despedidas.
Obrigado à professora Renata e aos colegas pela paciência de ler (e muitas vezes até se dar ao trabalho de comentar!) estas mal tecladas linhas.
O balanço final dos blogs me parece mais positivo do que eu, particularmente, esperava. E todos lucraram com a disciplina, descobrindo que tratamento de informação é matéria complexa e sujeita a meandros e rigores que vão além do que supõe nossa vã filosofia (e o Excel).
Podemos não ser ainda capazes de utilizar plenamente as ferramentas disponíveis para tratamento de informação, mas já sabemos que várias, diferentes, existem.

[12] Gerenciamento de Projetos

Ok. Último resumo. Sobre Gerenciamento de Projetos, baseado na apresentação feita em aula por Nádia, Rafaela e eu. E dessa vez não justifiquei minha fama de falar demais em apresentações. Nádia e Rafinha conseguiram me superar!
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único, com início e fim definidos. Gerenciar o projeto é planejar, acompanhar e controlar todos os seus aspectos, e a motivação de todos os envolvidos, de forma a alcançar dentro do prazo, custo, qualidade e performance especificados os objetivos inicialmente estabelecidos.
Historicamente, pode-se traçar a trajetória do gerenciamento de projetos desde antigas idéias Confucianas, na China, passando bem mais recentemente, no início do século XX, por Henry Gantt seus gráficos, WBS (Work Breakdown Structure), APS (Analytical Project Structure). Nos anos 50 surge o PERT (Program Evaluation and Review Technique), como ferramenta auxiliar para o desenvolvimento dos mísseis Polaris para a Marinha americana, seguido pelo CPM (Critical Path Method), desenvolvido pela DuPont e Remington Rand, e voltado para a instalação e manutenção de plantas industriais. PERT e CPM foram utilizados pela NASA nos anos 60 para o desenvolvimento do Projeto Apolo. Nos anos 80 o PMI (Project Management Institute) delineou, através do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), linhas mestras que recomendava como aplicáveis a projetos em geral.
Em termos gerais, projetos são abordados sistematicamente como uma sequência de fases (Início, Planejamento, Execução, Monitoramento, Encerramento) onde Tempo, Custo e Escopo são as variáveis que devem ser controladas.
A abordagem PMBOK expande e detalha as variáveis a gerenciar. Além do PMBOK, outros métodos padronizados de gerenciamento são muito utilizados (por exemplo, ISO 10006, CCPM, PRINCE2).
Métodos de contabilização (Project Accounting) podem e devem ser utilizados, bem como ferramentas informatizadas, como MS Project e MS DynamicsGP (Microsoft) e PROF (DBConsult), por exemplo, de modo a facilitar o gerenciamento de projetos.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

[11] ERP, Data Warehouse et al

Na última aula fomos presenteados com uma palestra extremamente interessante sobre ERP (Enterprise Resource Planning), ministrada pelo senhor Fábio Medeiros da MD Sistemas.
O Sr. Fábio é sócio da MD Sistemas, que se dedica à implantação de sistemas ERP (Sapiens da Senior Systems) em empresas de diferentes segmentos de negócios, e traçou um esboço abrangente com os propósitos, funcionalidades e limitações de um sistema ERP, além de discorrer sobre as peculiaridades e dificuldades para implantação do mesmo.
Sintetizando, um sistema ERP busca abrigar sob regras comuns todos os dados de interesse da empresa (administrativos, contábeis, de vendas, de produção, de compras, etc), interligando-os e buscando evitar desperdícios e esforços desnecessários, como a entrada repetida de um mesmo dado, a representação de um mesmo dado sob formas diferentes, e assim por diante. O objetivo é prover informações que auxiliem as decisões negociais de uma empresa de forma mais rápida, precisa, transparente e inteligível.
Em seguida a professora Renata introduziu o conceito de Data Warehousing (DW). Numa comparação cinematográfica, bancos de dados de sistemas ERP guardam os fotogramas dos eventos empresariais, enquanto o DW procura estruturar e guardar o filme inteiro. Isto se presta a estudos, projeções, acompanhamento de tendências, identificação de padrões, sendo poderoso auxiliar na definição de estratégias para os negócios. Guardando as devidas proporções, poderíamos dizer que um sistema ERP é ferramenta eminentemente tática e subsidiariamente estratégica, enquanto o DW é eminentemente estratégico (e subsidiariamente tático). Uma vez estruturados e armazenados, os dados ficam disponíveis para a aplicação de técnicas, métodos e ferramentas analíticos, como OLAP (OnLine Analytical Processing) e Data Mining.
E para finalizar a aula, fomos apresentados ao conceito de sistemas especialistas, que buscam mimetizar o "comportamento" de um especialista trilhando uma "árvore de decisão" de modo a obter respostas finais precisas e consistentes. Exemplos: Sistemas eletrônicos para regulagem de motores automotivos, que captam através de sensores os parâmetros de funcionamento de um motor e indicam os ajustes que precisam ser feitos. Ou o caso da malária (este sem o adjutório de recursos eletrônicos): a malária é doença comum na região norte/centro-oeste do país, mas a partir da década de 50 foi praticamente erradicada no sul/sudeste. Com as migrações internas, a malária reapareceu recentemente nestas últimas, mas frequentemente não é diagnosticada devido à falta de experiência dos médicos da região com a doença. Preocupado, o Ministério da Saúde reuniu um painel de especialistas em malária, na Fundação Oswaldo Cruz, para que estes desenvolvam um protocolo para diagnóstico da doença. O protocolo (ainda a ser publicado) consiste basicamente numa "árvore de decisão", com perguntas e testes norteando o diagnóstico. A folha de protocolo (com procedimentos do tipo se febre>39º então prossiga ; se febre ocorre de 3 em 3 dias então prossiga ; etc) pode ser considerada um "sistema especialista": permite a não-especialistas alcançar um diagnóstico correto, emulando os procedimentos de um especialista.